terça-feira, 8 de abril de 2014

Dachau - München




   Acabamos optando por ir para Dachau visitar o campo de concentração. Ele foi construído em 1933 em uma antiga fábrica de pólvora. Foi o primeiro projeto dos nazistas, e foi modelo para outros campos construídos. Ele chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de 30 países e, a partir do de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas.
   Dachau não fica muito longe de München, e foi bastante simples chegar até lá. Da Hauptbahnhof pegamos o trem S2 e a ideia não eram parecer um coração sentido Dachau/Petershausen, e da estação pegamos o ônibus 726 - Saubachsiedlung, esse ônibus para na entrada do campo de concentração. A entrada é gratuita, pagamos apenas pelo áudio guia, que também foi em português, e com desconto para estudantes.
  O portão de entrada é idêntico ao de Sachsenhausen em Berlin, onde logo de cara nos deparamos com a frase "Arbeit macht frei" - o trabalho liberta.


portão de entrada
   Não curti muito a visita com o áudio guia, é confuso, a gente se perde com facilidade, e sem emoção. Não estou dizendo que estar lá dentro, onde tantas histórias e tragédias aconteceram é algo confortável, mas apenas escutando o áudio guia se torna uma "visita qualquer". Desde 2010 quando li o Diário de Anne Frank, porque visitaria seu esconderijo em Amsterdam, passei a me interessar mais ainda pelo assunto, mas acho que já ter visitado dois campos de concentração aqui na Alemanha já é mais do que suficiente né?

onde ficavam os barracões
   Pouca coisa ainda é original da época, sobraram apenas dois barracões, os outros todos foram destruídos (e eram mais de 30!). Esses dois que sobraram viraram museus. Na parte onde ficavam as camas, eram muitas fileiras com camas de 3 andares, uma grudada na outra, e o espaço que os prisioneiros tinham para guardar seus poucos pertences era uma mini prateleira grudada na cabeceira da cama. No banheiro eram várias privadas, uma ao lado da outra. Os barracões não tinham nenhum aquecimento, e os prisioneiros não podiam entrar de sapato. Muita gente morria no inverno. Além desses dois barracões, tem mais uma casa que foi transformada em museu, e lá podemos encontrar fotos, documentos, pertences de prisioneiros, alguns filmes, explicações, etc.


Adicionar legenda

   Quando fomos embora, voltamos pra München, e caminhamos um pouco antes de voltar pra Hauptbahnhof e irmos embora. Fomos até a Marienplatz, passamos na frente da Frauenkirche, e andamos um pouco na rua de pedestre, mas acabamos indo embora logo, estava ventando muito, as lojas estavam fechadas (porque domingo não tem nada aberto), e não tinha muita gente na rua. 




origem e quantidade de prisioneiros
   Não lembro exatamente quando tempo durou a viagem de volta, mas acho que foi menos de 5 horas. Pegamos apenas dois trens :) esperamos meia hora em Ulm e aproveitamos pra comer algo enquanto não dava nosso horário. Cheguei em Rheinfelden por volta das 20hs e a Natalie me pegou na estação.





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