sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Oktoberfest

   Combinei com a Marcella (o ser que iria me hospedar e guiar em München) o dia em que iríamos no Oktoberfest. Decidimos pelo primeiro dia, não me perguntem o porque rs. Ela falou com a família dela sobre eu dormir lá e então comprei a minha passagem no Mein Fernbus, foi barato, e eu viajaria de ônibus partindo de Lörrach no dia 20 de setembro. Sim, o Oktoberfest não é em outubro! Ou melhor, até é, mas esse ano começou dia 21 de setembro e vai até 6 de outubro, tem a duração de duas semanas. 
   O primeiro passo na verdade foi comprar meu Dirndl, e pra variar eu não estava querendo gastar muito hehe. Só que eu só tinha encontrado na C&A e a minha ideia não era pagar 100€ no vestido. Faltando apenas duas semanas saí decidida a encontrar um e acabei encontrando pela metade do preço na New Yorker.
   Dia 20 chegou, e lá fui eu pra München. Meu ônibus saiu de Lörrach 16:15hs em ponto! rs A viagem demorou no total 7 horas e 35 minutos, mas isso porque eu tive que ficar 2 horas em Freiburg esperando o tempo passar para então pegar o segundo ônibus que ia pra München. O difícil foi conseguir dormir, só consegui dar umas cochiladas, não tirei o fone do ouvido nenhum minuto rs. Cheguei em München ZOB (rodoviária) 23:50hs e a Marcella já estava me esperando. Fomos comprar o ticket do trem e já encontramos a primeira brasileira rsrs. Pegamos trem, andamos, chegamos na casa dela, arrumamos tudo pro dia seguinte e acabamos indo dormir só 1:30 da manhã pra acordar as 6hs, pois íamos encontrar a irmã do gast dela as 7:15hs no trem.



   Quando o despertador tocou estava frio e a vontade era de não sair mais da cama. Me perguntei como que aguentaria passar o dia inteiro de vestido, mas ao sairmos de casa estava 12°C e a meia calça e o casaco pareceram ser suficientes. Chegamos na estação e o trem tinha acabado de chegar, mas não encontramos a menina e eu ainda precisava comprar meu ticket, então achamos melhor esperar mais 20 minutos e pegar o próximo. Depois de uns 10 minutos a menina chegou com duas amigas da Inglaterra se desculpando pelo atraso. Isso mesmo, a alemã se atrasou! rs Pelo menos estávamos salvas, porque a Marcella não tinha a menor ideia de como chegar lá, e o percurso que ela estava pensando em fazer seria muito mais complexo e demorado.
   O percurso foi rápido e tranquilo, descemos na estação da rodoviária e andamos uns 15 minutos até chegar no local. Chegamos lá umas 8:20hs e estava absolutamente tudo fechado, fomos pra tenda da Spaten e ficamos na fila junto com uns amigos da alemã. Esperamos por aproximadamente meia hora e quando as portas abriram todos entraram correndo pra arrumar uma mesa, pois as mesas são reservadas com muito tempo de antecedência, e quem não tem reserva (como nós), precisa chegar logo cedo pra ter lugar pra sentar, ou então mais tarde ficar esperando alguma mesa vagar pra sentar, pois só servem as cervejas nas mesas. Eu só ouvia os seguranças na porta dizendo pra não correr e não empurrar... mas acho que ninguém escutou eles! hahaha



   Logo que entramos conseguimos uma mesa grande o bastante pra todo mundo sentar. Depois tivemos que esperar muito tempo, pois a abertura oficial seria só meio dia, ainda tínhamos muito pela frente. Eu e a Marcella dividimos um Bretzel gigante pra tapear um pouco a fome e umas 11 e pouco pedimos nosso almoço. Mais uma vez dividimos pra não ficar tão caro. Comemos Spatzle, leker!
   Meio dia em ponto a festa tem início, o prefeito de München abriu o primeiro barril e o povo começou a aplaudir o primeiros que já estavam com seus copos em mãos. A banda começou a tocar e as garçonetes e os garçons começaram a aparecer entre as mesas carregando entre 10 e 12 Maß de uma só vez! Que mágica é essa?? Então os barulhos dos copos brindando começaram a surgir. Incrível a energia do ambiente! Todo mundo cantando e dançando em cima dos bancos, batendo palmas... não tem como descrever!
   A cerveja era bem pequena, só 1L! rsrs Mas alemão toma todas e continua numa boa, e ainda bebem rápido! Nós nem estávamos ainda com as nossas cervejas e os menino que estavam na mesa já estavam indo pra segunda, tomaram uns 4 ou 5! Outra coisa que me surpreendeu é que eu não achei a Spaten amarga, e por não ser amarga é bem mais fácil de engolir, o que fez com que a gente pedisse mais uma depois pra dividir... só não sei se foi uma ideia muito boa, porque depois disso tudo começou a girar rsrs mas tirando esse pequeno detalhe ficou tudo bem.


   
   Saímos da tenda umas 16 e pouco porque estavam expulsando todo mundo e colocando os bancos em cima das mesas. Demos uma volta pelo parque pra conhecer, mas não fomos em nenhum brinquedo =/ embora a roda gigante e a montanha russa parecessem tentadoras.
   Comprei em uma das barraquinhas o famoso Lebkuchen. Dizem que ele é apenas pra deixar de enfeite, mas como eu já estava decidida há algum tempo, comprei um pequeno pra experimentar e outro um pouquinho maior pra guardar pelo menos até a data de validade. Depois paramos em barraquinhas de bugigangas pra comprar as lembranças do Oktoberfest.
   Fomos embora umas 17hs, já estávamos cansadas e por mais que estivesse cedo o dia tinha sido longo. No caminho pra casa, depois que saímos do trem, acabei tirando a sapatilha e fiz como os alemães, andei Barfuß, coisa que a minha família aqui ficaria espantada se soubesse, porque nunca ando descalça, e eles fazem isso sempre, até mesmo em cima de pedrinhas, etc.



   Como estávamos mortas pegamos um ônibus e com ele descemos praticamente na porta da casa da Marcella. Fomos pro quarto dela e acabei deitando no meu colchão ainda de Dirndl e fiquei conversando com ela e com o povo no whatsapp, mas acabei dormindo... eram umas 19hs mais ou menos. Acabei acordando as 23:20hs, o que foi bom, porque não tínhamos colocado despertador pro dia seguinte. Então tirei aquele vestido que já estaca incomodando e coloquei o pijama e fui pesquisar por onde que iríamos turistar no dia seguinte. Fui dormir novamente por volta de 1:30hs.
   Mas uma coisa eu garanto: o dia foi incrível! O Oktoberfest é demais e eu pretendo voltar!! 


Curiosidades: 

  • A primeira Oktoberfest ocorreu em 1810 com o casamento do Rei Ludwig I com a princesa Therese von Sachsen-Hildburghausen. Fizeram uma grande festa e convidaram todos os moradores de München, e o enorme sucesso fez com que marcassem outra festa pra outubro do ano seguinte, foi assim que começou a tradição.
  • Os trajes típicos usados no Oktoberfest se chamam Trachten. Para as mulheres o Dirndl, e para os homens a Lederhosen.
  • Na hora de vestir o Dirndl tem todo um cuidado especial de onde se deve dar o laço: no lado esquerdo quer dizer que a pessoa está solteira, no direito que a pessoa está em um relacionamento sério, e atrás que a pessoa é viúva ou garçonete.
  • O nome do famoso copo de 1L do Oktoberfest se chama Maß.
  • Para que as cervejarias participem do Oktoberfest existem regras: a cerveja tem que ser fabricada dentro dos limites da cidade de München e ter um teor alcoólico de 6%.
  • Na edição do Oktoberfest de 2013 foram consumidos 6,7 milhões de litros de cerveja.

Segurança

Encontrei esse texto em um blog muito legal, achei interessante postar, aqui vai!

“A Alemanha é um país com muita segurança, tanto para seus habitantes como para os turistas. Nunca vi ou ouvi casos de turistas sendo roubados, ou mesmo enganados, dentro do país. É lógico que não quero dizer que não acontece, mas isso quase não existe. Não mesmo!!
Pelo contrário, é um país que recebe muito bem seus visitantes. O povo alemão em geral é muito diferente daquele estereótipo que conhecemos no Brasil, de povo fechado e mal-educado.
A língua alemã, nesse sentido, não ajuda muito, pois parece mesmo para o brasileiro como apenas uns grunhidos, cheios de consoantes, e quase nenhuma vogal, dando a impressão que o alemão está apenas reclamando de tudo. Na verdade, a grande maioria do povo alemão fala o inglês ou “arranha”, e se esforça bastante para falá-lo com turistas, que geralmente não estão entendendo nada de suas placas com palavras quilométricas.
Para poder melhor explicar a segurança dos turistas e da população em geral aqui na Alemanha, nada melhor que este exemplo:
Sexta-feira, 20:00. Um grupo de meninas adolescentes, com idade entre 15 e 18 anos, resolve sair de sua cidadezinha pequena, a 20km de uma cidade grande da Alemanha, para irem ao cinema: a sessão começaria às 21:15 e terminaria às 23:00.
Terão que caminhar entre ruas desertas desta cidadezinha até o ponto de ônibus, que as levará até a estação de trem, muitas vezes tidas por brasileiros, quando me pedem roteiros personalizados, como mal-encaradas, por serem grandes e antigas… Chegando à estação de trem “mal-encarada”, as meninas pegam o trem que as levará para a outra “mal-encarada” estação de trem, já na cidade grande. Esta cidade tem mais de um milhão de habitantes.
Chegando à cidade grande, elas ainda teriam que pegar o metrô, e caminhar algumas quadras até chegarem ao cinema. Passariam por ruas onde há bares, praças, muitos jovens tomando cerveja ali mesmo nas esquinas… e chegam ao cinema e assistem ao filme.
Acabou o filme, e agora? Ligam para os pais para virem buscá-las? Não, simplesmente fazem o mesmo trajeto da ida. Caminham pelas ruas, cheinhas de gente: famílias passeando empurrando carrinhos de bebês, cães e seus donos, bicicletas, jovens rindo e continuando a tomar sua cervejinha, tudo na maior tranquilidade. Dentro do trem, para passar o tempo, utilizam seus iPod, iPad, Kindle e iPhone sem serem pertubadas ou assaltadas.
Chegam novamente na velha estação (mal-encarada), pegam o trem que as levará de volta à estação da cidadezinha menor. Antes de pegarem o trem, um grupo de turistas japoneses pede informações a elas. As meninas, em um inglês fluente, pois aqui na Alemanha as escolas do governo ensinam um inglês invejável, ajudam os turistas japoneses, que estão encantados com as ruas seguras e tranquilas, isso quase 23:30 da noite.
As meninas chegam ao ponto de ônibus às 24:00. Vão se despedindo no caminho e a última menina, para chegar a sua casa, tem que atravessar um grande terreno deserto. Chega em casa tranquilamente, sem assaltos, sem que fosse molestada, raptada ou estuprada pela caminho… esta jovem é minha filha de 18 anos, e isto aconteceu na última sexta-feira.
É por essas e outras que eu vim com minha família para a Alemanha. Imagine se no Brasil, minha filha adolescente, e os turistas, poderiam fazer isso?? Nunca.”
Texto: Angela Arten- Meyer- Alemanha! Por que não?

sábado, 5 de outubro de 2013

o Chimarrão

   Combinei com a Nicole de ir em busca de uma loja de produtos brasileiros, detalhe: eu falei pra minha gast que ela tinha me chamado pra sair e ela falou pra gast dela que eu que tinha chamado ela pra sair kkkkkk. Marcamos de ir sábado passado pra Basel, onde já tínhamos mais ou menos as direções de como chegar em duas, sendo que cada uma delas era mais próxima de uma das estações. Decidimos ir na que era mais perto da Basel Bad Bahnhof pra gente não ter que andar muito :) Foi meio difícil chegar lá, mas passamos duas vezes na frente da loja e não vimos, então ligamos pra uns conhecidos da Nicole que sabiam onde era e finalmente conseguimos chegar uffaa.


   Tinham algumas prateleiras de produtos do Brasil, mas eu tinha ido apenas em busca do pão de queijo, então o resto das coisas fica pra uma próxima vez, mas eu não resisti e acabei comprando também um guaraná Antártica, que estava delicioso! 
   Não tínhamos mais nada pra fazer por lá e então resolvemos ir embora, a noite a gente faria alguma outra coisa. Esperamos cerca de 40 minutos até pegar o trem, não sei porque mas eu estava morta, sem nenhuma energia. Cheguei em casa por volta das 17hs mooooorta! A gast me perguntou se eu ainda ia sair e eu disse que só de noite, umas 20hs, que eu ia com a Nicole tomar chimarrão! hahaha 
   Saí de casa pouco depois de 20:30hs e fui encontrar com a Nicole na casa dela, arrumamos tudo na bicicleta e então fomos pra Rheinfelden Schweiz, pra beira do Reno :) Tomamos o chimarrão que ela preparou especialmente pra mim (doce e com água não tão quente), colocando também pedaços de chocolate na boca, que derretiam com o chimarrão. Enquanto via as fotos na câmera dela me deparei com a foto da divulgação de uma festa, que por acaso já estava acontecendo e bem próximo dali, foi então que começamos a prestar atenção no som de música alta que vinha. 
   Como não tínhamos nada a perder fomos até lá, na foto dizia que a festa ia até as 4 da manhã e que era na Bahnhof. Então imaginei que seria aberto, como a festa que teve na Bahnhof aqui de Rheinfelden. Só que não foi como estávamos imaginando. Quando estávamos subindo a rua estava tocando o novo sucesso brasileiro por aqui "barabara berebere".... Muitas luzes, a festa parecia estar sendo incrível, mas quebramos a cara ao perguntarmos o valor e a mulher responder "30 francos" Coooomo assim?? Pra ter certeza que não tínhamos entendido errado fomos duas vezes perguntar. Então tá.. com a miséria do salário de au pair o pouco que a gente ganha não dá pra sustentar festa de 30CHF não!

   Ficamos mais um tempo sentadas no murinho do lado de fora apenas escutando as músicas, por conta da minha insistência fomos embora. Voltamos pro centro da nossa cidade e não tinha praticamente nenhum movimento! Não passava das 23hs e não tinha nada na rua! Ê cidade mais deprê essa.... nos sentamos na borda da fonte e ficamos vendo alguns grupos que andavam pela cidade e escutando as músicas que estavam tocando na pizzaria ali do lado, estava tendo uma festa de casamento e as músicas bastantes altas.
   Após algum tempo perguntei pra Nicole quais seriam as chances de algum desses grupo que estavam passando por ali chegassem pra conversar e ela disse que nenhuma. Só que ela estava errada! hahaha Tinha um grupo de garotos que estava correndo de um lado pro outro bebendo e gritando, um tacando água no outro. Quando a gente menos esperava um começou a andar na nossa direção e falou "Haaaaallo!". Respondemos e ele se aproximou, perguntou de onde éramos (não lembro porque), a Nicole falou "Brasilien" e o garoto falou "oooh, Brasilien! Samba samba??" kkkkk caímos na gargalhada. Aí os amigos dele apareceram e ele gritou falando que tinha feito novas amigas. O povo chegou e ficamos conversando até começar a chover, fomos então pra frente da igreja que tinha ali do lado porque era coberta. Não ficamos muito tempo por ali, cheguei em casa exatamente meia noite, mas foi legal, rimos muito, e pareceram ser legais, o mais velho tinha 18 anos. Já trocamos face pra garantir diversão aos finais de semana, quem sabe hoje a gente não faça algo?